
Muita gente confunde medo com ansiedade. Isso porque as diferenças entre um e outro são muito sutis e servem para nos proteger. A ansiedade está ligada ao futuro e é caracterizada como um sentimento de tensão e apreensão diante de uma situação que pode nem acontecer.
Quem nunca ficou ansioso para ver seu time ganhar um campeonato ou diante de uma entrevista de emprego? A ansiedade acontece em situações corriqueiras como essas, mas é preciso estar atento quando ela se dá de forma exagerada.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo. O último relatório divulgado apontou que 9,3% dos brasileiros têm algum tipo de transtorno de ansiedade ou depressão.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria, destaca que a inquietação pode durar mais de seis meses e atrapalhar a rotina diária, relacionamentos, trabalho e ainda levar à depressão.
Como funciona o medo?
O medo é uma emoção ligada ao presente diante de uma situação que representa perigo real. O cérebro libera compostos químicos involuntariamente e o corpo reage com aceleração da respiração, sudorese, contração muscular, mãos úmidas, batimentos cardíacos rápidos e outros fatores.
Ele precisa de estímulos externos para acontecer, já que funciona como um alerta natural de sobrevivência diante do perigo. Exemplos: medo de animais, altura, água, avião, túneis, entre outros. Mas o medo excessivo de determinado fator pode ser caracterizado como fobia – quando o paciente passa a ter sintomas físicos e psicológicos de algo que nem aconteceu.
É preciso ficar atento às diferenças entre medo e ansiedade e aos sinais que o corpo está emitindo. Na dúvida, a melhor indicação é sempre procurar um especialista no assunto.
Ansiedade normal e patológica: como diferenciá-las e prevenir transtornos
Ansiedade é uma característica biológica comum entre os seres humanos, e influencia suas vidas desde o início dos tempos. Porém, nem sempre essa sensação deve ser considerada um problema. Trata-se de uma forma natural de defesa do organismo frente a problemas e possíveis ameaças, que ativa o instinto de sobrevivência e consegue reagir a situações e dificuldades de maneira preventiva e saudável.
São diversas as circunstâncias, desde o início da vida, que podem gerar ansiedade em um indivíduo: crianças ficam ansiosas antes de seu primeiro dia na escola; adolescentes, nas vésperas do vestibular; adultos enfrentam a ansiedade frente a compromissos importantes do cotidiano, quando mudam de emprego, nas vésperas do casamento, da formatura ou de outros eventos determinantes para sua vida futura.
Entretanto, existem pessoas incapazes de controlar a ansiedade, e, nesses casos, ela deixa de ser útil, para se tornar um transtorno patológico. Ao invés de prever e reagir a situações cotidianas, a pessoa se sente incapacitada, e sintomas físicos e psicológicos aparecem, causando dificuldades e sofrimento.
Sintomas comuns à ansiedade
-Angústia
-Inquietação
-Cansaço
-Insônia
-Boca seca
-Tensões musculares
-Tremores
-Dores específicas
-Sudorese
-Problemas digestivos
Fonte: Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (2013)
Quando a ansiedade está fora de controle, se tornando um estado patológico, os sintomas que mais chamam atenção são três medos específicos, que em geral não se concretizam:
-Medo de estar enlouquecendo
-Medo de ideias suicidas
-Medo de doenças
Fonte: ABC Med
Se você não consegue sair dos mementos de crises sozinho procure ajuda de um profissional.